quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

"Valorização de imóveis deve continuar até 2017"

20 de dezembro de 2011 • 15h50
Por: Diego Lazzaris Borges

SÃO PAULO – Comprar um imóvel na cidade de São Paulo ficou, em média, 92% mais caro desde o início de 2008. Isso quer dizer que aqueles que compraram um apartamento por R$ 100 mil há três anos, hoje conseguem vendê-lo por algo em torno de R$ 190 mil. Só nos últimos 12 meses, a valorização chega a quase 30%, tanto em São Paulo quanto nas outras capitais do País, de acordo com o índice Fipe Zap.


Apesar da forte alta verificada nos últimos anos, os preços devem continuar em ascensão por mais algum tempo, na avaliação do diretor executivo da Consul Patrimonial, Marcus Vinicius de Oliveira. Segundo ele, até 2017, a valorização deve ser impulsionada pela possibilidade de crescimento da economia e pelos investimentos que o País receberá.


Entretanto, a partir desta data, o Brasil não terá mais a expectativa de grandes investimentos produtivos - tanto internos quanto externos. “A margem psicológica de crescimento em função do pré-sal, da Copa do Mundo e da Olimpíada já terá passado”, afirma Oliveira.


Além disso, ele aponta que o déficit habitacional terá sido reduzido significativamente daqui a seis anos. “A classe baixa e classe média em ascensão já terão adquirido muitos imóveis”, diz. “A oferta, neste momento, já poderá estar um pouco acima da demanda por imóveis” continua.


De acordo com Oliveira, historicamente, locais que sediam Olimpíada tendem a viver após dois anos uma pequena crise no setor - com mais oferta e menos demanda. “A China neste momento já vive uma desvalorização imobiliária e o Brasil avança para atingir um pico antes da queda dos preços”, acredita. “Mas isso não significa que o mercado imobiliário não continuará se desenvolvendo. A valorização por metro quadrado é que terminará e o valor se estabilizará por um novo período. Novos ciclos ocorrerão em seguida”, continua.


Depende das regiões
Para o coordenador do MBA em Gestão de Negócios Imobiliários e da Construção Civil e professor do FGV Management, Pedro Seixas Corrêa, já é possível notar uma certa estabilização nos preços dos imóveis, que avançaram de forma rápida nos últimos anos. Mas isso também depende do tipo de imóvel e da região onde ele se encontra.


“Em alguns mercados, por conta do desequilíbrio entre a oferta e a demanda, os preços ainda podem valorizar por mais um tempo, pode ser que até 2017 mesmo”, aponta o professor. Ele cita como exemplo a cidade do Rio de Janeiro, que sediará os Jogos Olímpicos de 2016, além de jogos da Copa do Mundo de 2014, e que possui boas perspectivas de investimentos e crescimento por conta do pré-sal.


Entretanto, em outros locais, já é possível notar uma manutenção dos preços ou até mesmo sinais de arrefecimento. “Há regiões que ainda apresentarão alta, mas já há uma certa estabilização geral”, diz Correia.


Segundo ele, os imóveis comerciais é que devem apresentar uma melhor alternativa de investimento. “Isso porque ainda existe uma demanda não atendida por estes imóveis que deve continuar nos próximos anos”, diz.


Alternativas de investimentos em imóveis
O diretor executivo da Consul Patrimonial ressalta que, para aqueles que querem investir em imóveis, existem alternativas além da compra direta do bem. Um exemplo são os fundos de investimentos imobiliários.


“Esta é a melhor opção para quem quer aproveitar o 'boom' do mercado e não quer ter o trabalho de procurar um imóvel, negociá-lo, acertar as questões contratuais e ainda ter problemas com inquilinos”, afirma. “Basicamente, um fundo deste tipo é a divisão do empreendimento em cotas e cada pessoa pode comprar uma ou mais”, explica.


Além disso, ele ressalta a segurança deste tipo de investimento. “Pela norma da CVM (Comissão de Valores Imobiliários), somente uma instituição financeira pode fazer esta administração, o que reduz consideravelmente qualquer risco de golpe ou calote”, diz o especialista.


Entre as principais vantagens deste tipo de fundo, está a ausência de tributação para os rendimentos obtidos com o aluguel do imóvel e a possibilidade de diversificação do portfólio imobiliário com poucos recursos. A compra e venda das cotas é feita por meio da corretora de valores. Por isso, é preciso ter cadastro em uma para conseguir fazer estas transações.

Fonte: InfoMoney

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

"Portaria que fixa diretrizes do Minha Casa, Minha Vida é publicada no Diário Oficial"

29 de novembro de 2011 • 15h25
Por: Gladys Ferraz Magalhães



SÃO PAULO – Portaria que fixa diretrizes para a segunda etapa do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, para cidades com até 50 mil habitantes, foi publicada na edição desta terça-feira (29) do DOU (Diário Oficial da União).

De acordo com o texto da Portaria 547, a medida irá atingir pessoas físicas cujo rendimento familiar mensal bruto não ultrapasse R$ 1.600.

Dentre as mudanças, estão a prioridade na seleção para municípios em situação de calamidade pública, para os que integram o Plano Brasil Sem Miséria e para os que tenham propostas de empreendimentos para atender a famílias residentes em áreas de risco.


Outra alteração é que a prefeitura precisa fornecer a documentação dos terrenos onde serão construídas as unidades habitacionais no momento em que apresentar a proposta de projeto para participar do programa. Até então, essa documentação era exigida após o município ter a proposta selecionada.


Diretrizes Gerais
Ainda conforme publicado no DOU, dentre as diretrizes gerais dessa nova etapa do programa, está a integração a outras ações que possibilitem a sustentabilidade dos projetos e promovam a inclusão social dos beneficiários, adoções de padrões mínimos de habilitabilidade e salubridade, devendo estar assegurados o acesso por via pública, acesso a equipamentos e serviços públicos, soluções de abastecimento de água e esgotamento sanitário e ligação de energia elétrica.


Outra diretriz diz respeito aos idosos, que deverão ser atendidos com, no mínimo, 3% das unidades habitacionais. Sobre as pessoas com deficiência, a Portaria diz que as pessoas deverão ser previamente identificadas na fase de cadastramento e seleção de beneficiários, conforme artigo 73, da Lei 11.977, de 2009.


O período para que as cidades cadastrem suas propostas no site do Ministério da s Cidades começa nesta quarta-feira (30) e se estenderá por um mês.


Fonte: InfoMoney

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

"FGTS poderá ser usado para adaptação de imóveis para pessoa com deficiência"

O projeto deve facilitar a realização dessas obras, que vão desde a colocação de corrimãos e pisos adequados

16 de novembro de 2011 • 16h50


Por: Fabiana Pimentel

SÃO PAULO – Proprietários poderão usar os recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para financiar reformas residenciais, a fim de tornar o imóvel acessível a pessoas com deficiência.


A proposta, de autoria do senador Jayme Campos (DEM-MT), foi aprovada pela CAS (Comissão de Assuntos Sociais) nesta quarta-feira (16).


De acordo com Campos, os custos para adaptar um imóvel para pessoas com deficiência são altos, por isso, o projeto (PLS 174/2010), deve facilitar a realização dessas obras, que vão desde a colocação de corrimãos e pisos adequados, até a construção de rampas e a ampliação de portas e cômodos.


Durante a reunião, o relator e senador Lindbergh Farias (PT-RJ) comentou que os saques do FGTS para aquisição de casa própria já são permitidos e que permitir o uso do dinheiro para adaptação dos imóveis deve fazer parte da política habitacional. “Para o caso da pessoa com deficiência, a garantia de acessibilidade do imóvel próprio representa elemento intrínseco à satisfação da política habitacional”, afirma.


Segundo a Agência Senado, Farias ainda aproveitou a reunião para apresentar uma emenda que altera a redação do projeto, mudando o termo “portadores de necessidades de especiais” para “pessoa com deficiência”.


No debate, a senadora e também relatora do projeto, Ana Rita (PT-ES) manifestou apoio à proposta. Segundo ela, os programas de habitação popular mantidos pelo poder público já preveem que percentual específico das moradias seja adaptado para receber pessoas com deficiência. “Quero citar o Minha Casa, Minha Vida e outras iniciativas de moradia popular, executadas pelos municípios, que têm destinado um percentual mínimo de moradias para atender às pessoas com deficiência. Um exemplo é o programa da prefeitura municipal de Vitória, de construção de moradias em áreas de risco social, no qual parte dessas moradias já é totalmente adaptada”, explica Ana.


Cenário
De acordo com o Modem (Monitoramento da Inserção da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho), realizado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) a pedido da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, entre os trabalhadores que possuem algum tipo de deficiência no estado de São Paulo, 43,7% moram em residências próprias e quitadas. Já 27,3% pagam aluguel e 13,2% possuem residência própria, porém, financiada. O restante se divide em casas cedidas pelo empregador, por outras pessoas, e em outras condições.


Em média, 24,5% das pessoas com deficiência entrevistadas pela pesquisa moram com três pessoas. Em seguida, 21,5% residem com quatro pessoas no imóvel.


Já 19,2% moram com duas pessoas, 11,7% moram sozinhos e 9% residem com seis ou mais pessoas.


Tramitação
O projeto segue agora para a CDH (Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa), onde será votada de forma terminativa.


Com esse tipo de votação, o projeto não seguirá para o Plenário, pois dependendo do tipo de matéria e do resultado da votação, o projeto será enviado diretamente à Câmara dos Deputados, encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado.

Fonte: InfoMoney

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

"FGTS irá destinar quase R$ 34 bilhões para habitação em 2012"

Por: Fabiana Pimentel

SÃO PAULO – O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) irá destinar R$ 33,9 bilhões ao setor de habitação, segundo decisão sobre o orçamento de 2012 aprovada na quarta-feira (9) pelo Conselho Curador do fundo.


Deste montante, R$ 4,4 bilhões serão destinados a subsídios para famílias de baixa renda. “Somente para subsídio em 2011, aprovamos um total de R$ R$ 5,5 bilhões. Para 2012 chegamos a um total de R$ 4,4 bi, sendo R$ 3 bi apenas para o programa Minha Casa, Minha Vida”, destaca o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.


Segundo o ministro, o orçamento para o próximo ano tem como prioridade o financiamento de habitação a famílias de baixa renda, destacando que neste ano o orçamento original, que era de R$ 39,4 bilhões, alcançou um total de R$ 54,7 bilhões, após as suplementações.


No geral, somando os recursos destinados às áreas de saneamento e infraestrutura urbana, serão aplicados R$ 43,9 bilhões do FGTS.

Habitações populares
Para os programas de habitação popular foi destinado um total de R$ 25 bilhões. O programa Pró-Moradia, também destinado à habitação popular, principalmente das famílias com renda de até 3 salários mínimos, terá orçamento de R$ 1 bilhão.

Outro programa que também receberá R$ 1 bilhão será o Pró-Cotista, que financia a casa própria com juros mais baixos do trabalhador que tem conta vinculada do FGTS.

Em aplicação nos CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), o fundo reservou R$ 2,5 bilhões e, para subsídio à compra da casa própria para população de baixa renda, foram aprovados R$ R$ 4,4 bilhões.
Suplementação
Também foi aprovada suplementação de R$ R$ 6,2 bilhões no orçamento de 2011 para aplicação em habitação popular, o que elevou em 38,9% o orçamento original, que era de 39,4 bilhões, alcançando um total de R$ 54,7 bilhões para os três setores.

Neste ano o orçamento havia destinado 21 bilhões para habitação popular, R$ 2 bilhões para o programa Pró-Moradia, R$ 1 bilhão para o Pró-Cotista e R$ 4,5 bilhões para subsídio a baixa renda, destinando ainda R$ 2,1 bilhões para aplicação em CRIs.

Com as suplementações ocorridas durante o ano, o orçamento para habitação popular chegou a R$ 34,6 bilhões, um aumento de 64,76%. Já o subsídio foi ampliado de R$ 4,5 bilhões para R$ 5,5 bilhões e os recursos para aplicação em CRIs subiu 35,24%, alcançando R$ 2,8 bilhões. O orçamento para os outros programas e os setores de saneamento e infraestrutura continuam os mesmos aprovados no orçamento inicial.
Fonte: InfoMoney

sábado, 5 de novembro de 2011

"Conselho do FGTS aumenta limite de renda familiar para empréstimo habitacional "

O Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantida do Tempo de Serviço) alterou os limites de renda para solicitação de empréstimos para habitação popular com recursos do fundo. Com a resolução nº 669/11, o limite de renda familiar mensal bruta para pedir esse tipo de financiamento passa de R$ 3.900 para R$ 4.300.


Publicada nesta sexta-feira (4) no Diário Oficial da União, a medida ainda permite a ampliação do valor para R$ 5.400, nos casos de financiamentos vinculados a imóveis situados em municípios pertencentes a regiões metropolitanas ou equivalentes, municípios-sede de capitais estaduais ou municípios com população igual ou superior a 250 mil habitantes.


Para o cumprimento da resolução, ainda serão necessárias normas complementares, que terão 30 dias para serem publicadas.


Mudança
A ideia da mudança é permitir que famílias que residam em regiões com menos de 250 mil habitantes também possam ser contempladas com os mesmos direitos dos residentes das demais regiões.


Além disso, foi considerado pelo Conselho o aumento de renda das famílias brasileiras, sobretudo nas menores faixas.

Fonte: InfoMoney/Fabiana Pimentel

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

"Imóvel: Conheça as 7 taxas abusivas e ilegais cobradas dos consumidores"

Fernanda de Moraes Bonadia



SÃO PAULO - Muitos consumidores que desejam realizar o sonho da casa própria acabam não prestando atenção àquelas letras miúdas inseridas no contrato ou, até mesmo, acabam aceitando as imposições das empresas no fechamento do negócio.

Na avaliação do presidente da Amspa (Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências), Marco Aurélio Luz, é importante que o comprador tenha o apoio de um profissional especializado na área imobiliária, como um advogado ou economista, para não cair nessas armadilhas e evitar problemas futuros.

"Porém, a realidade é bem diferente e infelizmente muitos contratos assinados na atualidade trazem a inclusão de adicionais onerosos que afetam o adquirente. As mais comuns são as taxas Sati, de interveniência, de transferência, de administração, de obra e corretagem, entre outras tantas prejudiciais ao mutuário", destaca Luz.

Conheça quais são as taxas abusivas!
Um bom caminho para tentar se proteger é conhecer quais as cobranças abusivas mais comuns no mercado imobiliário. Confira abaixo as 7 selecionadas pelo presidente da Amspa:

1 - Sati
"Uma das práticas mais recorrentes do mercado imobiliário é a taxa Sati, pela qual é cobrado o percentual de 0,88% sobre o valor do bem", explica Luz. As imobiliárias impõem a cobrança ao proprietário do imóvel sob a alegação de existência de custos de assistência técnica e jurídica para fechar o contrato.

"O recolhimento, porém, fere tanto o artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor, pela prática de submeter o fornecimento do serviço relacionado a outro, como também o código de ética da OAB, por impor um profissional contratado pela corretora", alerta.

2 - Assessoria imobiliária
A obrigação de pagar pela assessoria imobiliária, inclusive, é do próprio vendedor e não do novo proprietário do imóvel. "A exceção é feita no caso de comum acordo entre as partes, com todos os esclarecimentos e retificações no contrato", completa.

3 - Comissão do corretor
Outro procedimento ilícito é obrigar o comprador do imóvel a assumir o pagamento da comissão do corretor, nos casos em que a empresa o contrata para fazer a intermediação entre comprador e a incorporadora. A taxa varia de 6% a 8%, conforme determina o Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis).

"Só no momento da assinatura ou, na maioria das vezes, após fechar o contrato, que o mutuário tem o conhecimento do pagamento da taxa indevida", explica.

Ele lembra que ainda há ocorrências em que a incorporadora separa o pagamento da porcentagem do agente comercial para que, na hora da rescisão do contrato, não tenha que devolver esse dinheiro, além da sonegação de tributos como o Imposto de Renda e induzindo o comprador a sonegar o ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens de Imóveis).

Porém, Luz lembra: "O pagamento é possível apenas quando o próprio adquirente contrata o profissional para lhe auxiliar na procura da casa própria".

4 - Transferência do imóvel (Cessão do Contrato ou de Renúncia)
Quando o mutuário tenta transferir o imóvel em construção para outra pessoa, para que ela assuma as prestações do financiamento, ele encontra outra surpresa. "Para que a venda seja concretizada, as construtoras costumam impor o pagamento da taxa chamada 'Cessão do Contrato ou de Renúncia', que equivale a 3% do valor da propriedade", explica.

Ele orienta que os prejudicados contestem a cobrança na Justiça até conseguirem retirar o valor ou reduzi-lo a despesas administrativas da elaboração do contrato, pois a prática é abusiva, não tem previsão na legislação e fere o CDC.

5 - Taxa de interveniência
Ela se refere ao pagamento que pode chegar a R$ 3 mil ou, em alguns casos, a 2% do financiamento, quando o comprador não aceita a financeira parceira da incorporadora. "Sua imposição é considerada venda casada, e os órgão de defesa do consumidor, como o Procon, a condenam", destaca Luz.

6 - Taxa de administração
Os bancos alegam que é cobrada essa taxa pelo serviço administrativo e na manutenção do contrato de financiamento. Embora a legislação determine que o limite cobrado seja de até 2% e apenas nas 12 primeiras prestações, algumas instituições chegam a cobrar de 20% a 30% da tarifa durante todo o financiamento.

"Outra artimanha utilizada é oferecer juros abaixo do que é praticado no mercado, que é de 12% ao ano. Porém, a diferença 'não cobrada' é inserida justamente na taxa de administração", lembra o presidente da Amspa.

7 - Taxa de obra
O mais novo tributo aplicado pelas construtoras é a taxa de obra, pela qual é cobrado um percentual de 2% sobre o valor do imóvel durante a construção. As empresas dizem que ela é referente aos juros da obra e cobram-na até que aconteça a liberação do "Habite-se" e de toda a documentação relacionada.

"Isso é um abuso", afirma Luz. Ele ensina que o artigo 51 do CDC considera ilegal a cobrança de qualquer taxa que coloque o consumidor em desvantagem exagerada.

Veja dicas de como agir!
Para reverter a situação de desvantagem em que o mutuário se encontra, cabe a ele próprio fazer valer seus direitos. "Ele pode recorrer à Justiça para exigir a devolução de seu dinheiro, que deverá ser restituído em dobro, além de ser acrescido de correção monetária e juros", orienta Luz.

A devolução deve ocorrer em uma única vez, no prazo máximo de 10 dias e corrigida com os devidos encargos. Após o 15º dia, incide o acréscimo de 10% de multa e, caso não seja pago, os bens da imobiliária ou da construtora podem ser penhorados.

"Portanto, fica claro que todas essas taxas são totalmente abusivas e sem qualquer justificativa", alerta o presidente da Amspa. "Está na hora de acabar com essa injustiça".

Fonte: InfoMoney